22 abril 2011

Seu Sagrado Nome - Uma Declaração de Páscoa



Presidente Monson no vídeo:

"(...) em nossos momentos de maior tristeza, podemos encontrar profunda paz nas palavras do anjo proferidas naquela primeira manhã de Páscoa: “Ele não está aqui, porque já ressuscitou (...)Como uma de Suas testemunhas especiais na Terra hoje, neste glorioso domingo de Páscoa, declaro que isso é verdade, em Seu sagrado nome, sim, em nome de Jesus Cristo, nosso Salvador. Amém"

24 dezembro 2010

Leí, Néfi e os Magos


Dentre os personagens da história do natal narrada nas escrituras,sempre tive curiosidade sobre os magos que seguiram a estrela ao encontro do menino Jesus.Há algum tempo encontrei um texto bastante interessante que quero deixar como sugestão de leitura para esta época natalina: "O Livro de Mórmon Desvenda o Mistério do Natal?" de Gerge Potter da Ancient America Foundation. Neste texto o autor faz uma interessante ligação entre a viajem dos magos narrada no Novo Testamento e de Leí e sua família contada no Livro de Mórmon.

Embora tenham ocorrido em épocas diferentes, é possível que a caravana liderada por Leí e Néfi tenha influenciado na busca dos magos pelo menino Messias. No texto, George Potter explica que os magos vieram do leste e que na Bíblia o termo leste é usado para definir a região da Arábia. O autor relembra que Leí e sua família passaram oito anos na região Arábica e mais algum tempo enquanto o navio era construído. Durante este tempo, certamente Leí e Néfi pregaram o evangelho naquela região (D&C 33:7-8). Uma das revelações recebidas por Leí no sul da Arábia era que o Messias nasceria entre os judeus 600 anos após ele ter saído de Jerusalém com seus familiares (1Néfi 10:4). Isso poderia explicar o conhecimento que os magos possuíam de que o Messias nasceria entre os judeus e por isso o procuraram para adorá-lo (Mateus 2:2).

É sempre interessante notar como mais luz pode ser lançada sobre fatos narrados na Bíblia por meio do Livro de Mórmon. Não sabemos com exatidão muito a respeito dos magos: seu nome, local de origem, como obtiveram seu conhecimento sobre o Messias e qual teria sido a influência da pregação de Leí e Néfi nisso. Mas, o que sabemos é que eles sabiam com exatidão que o Messias viria ao mundo e que deveriam vir a Ele para Adorá-lo. Esta é certamente a lição que podemos aprender com eles, de buscar o mesmo conhecimento e ter a mesma atitute.

O texto "O Livro de Mórmon Desvenda o Mistério do Natal?" de Gerge Potter pode ser lido clicando aqui.

12 outubro 2010

O Livro de Mórmon e o Templo

No dia 23 de Setembro de 2010, estava na sala celestial do Templo de Campinas orando por um problema que estava me deixando muito preocupada. Ao terminar a oração estava me sentindo confiante, mas ainda queria uma confirmação mais clara do Senhor de que tudo ficaria bem. Estava prestes a pedir algum sinal quando parei e pensei melhor, achando que isto poderia parecer que eu estava tentando ao Senhor.

Logo em seguida, resolvi pegar o Livro de Mórmon para ler, pois senti que o Senhor teria uma mensagem para mim.

Abri em 2 Néfi 9:9, e li até o final do capítulo. Embora o capítulo todo seja bastante interessante vou destacar alguns versículos que chamaram minha atenção naquele momento.

Este capítulo trata dos ensinamento de Jacó para o povo de Néfi. Logo no início do capítulo vemos o seguinte resumo:
"Os Judeus serão coligados em todas as suas terras de promissão - A expiação resgata o homem da queda - Os corpos dos mortos sairão da sepultura e seus espíritos, do infernos e do paraíso - Eles serão julgados - A expiação salva da morte, do inferno, do diabo e do tormento eterno - Os justos serão salvos no reino de Deus - Declaradas as penalidades para os pecados - O Santo de Israel é o guardião da porta. Aproximadamente 559 - 545 a.C."
Os versículos que mais chamaram-me a atenção encontram-se abaixo com grifos meus.

2 Néfi 9:14 -- " Teremos portanto um conhecimento perfeito de todas as nossas culpas e nossa impureza e nossa nudez; e os justos terão um conhecimento perfeito de sua alegria e sua retidão, estando vestidos com pureza, sim, com o manto da retidão."

2 Néfi 9:41-43 -- "Ó, meus amados irmãos, vinde, pois, ao Senhor, o Santo. Lembrai-vos de que seus caminhos são justos. Eis que o caminho para o homem é estreito, mas segue em linha reta adiante dele; e o guardião da porta é o Santo de Israel; e ele ali não usa servo algum, e não há qualquer outra passagem a não ser pela porta; porque ele não pode ser enganado, pois Senhor Deus é o seu nome.

E a quem quer que bata, ele abrirá; e os sábio e os instruídos e os ricos que são orgulhosos de seu conhecimento e de sua sabedoria e de suas riquezas - sim, estes são os que ele despreza; e a menos que se despojem de todas estas coisas e considerem-se insensatos diante de Deus e humilhem-se profundamente, ele não lhes abrirá.

As coisas dos sábio e dos prudentes, porém, ser-lhes-ão ocultas para sempre - sim, aquela felicidade que está preparada para os santos."

Essas escrituras me fizeram pensar na importância do trabalho do templo que eu acabara de fazer. O quão importante é permanecermos justos e puros, pois seremos dignos de permanecer com o "manto da retidão" e termos um conhecimento perfeito de nossa alegria e retidão.

Precisamos ser sábios e prudentes para que ao batermos o Senhor nos abra, pois o guardião da porta será o próprio Senhor e Ele não pode ser enganado.

Outro versículo que chamou minha atenção nesse mesmo capítulo foi o 44: "Ó, meu amados irmãos, lembrai-vos de minhas palavras. Eis que tiro minhas vestimentas e sacudo-as diante de vós; rogo ao Deus de minha salvação que me olhe com seus olhos que tudo vêem; e sabereis portanto no último dia, quando todos os homens serão julgados por suas obras, que o Deus de Israel testemunhou que sacudi vossas iniquidades de minha alma e que me apresento limpo ante ele e estou livre de vosso sangue."

Neste outro versículo acho interessante o simbolismo dele tirar as vestimentas, sacudi as iniquidades do povo e por fim estar limpo dos pecados do povo. Sendo este um requisito inicial para que ele percorra o caminho estreito e reto citado anteriormente.

Só a título de curiosidade, coloco abaixo uma imagem que representa o olho que tudo vê. 


Este símbolo encontra-se no templo de Salt Lake City.

Planejamento, Fé e Bençãos - Na Busca pelas Placas de Latão

Depois de um tempinho sem escrever, vou mudar um pouco o assunto. Hoje escreverei um pouco sobre como planejamento e fé devem estar presentes para conseguirmos receber as bençãos do Senhor e termos sucesso em nossas ações.

A historia que me fez refletir sobre esses princípios é bem conhecida por muitos SUDs (Santos dos Últimos Dias). Ela está no Livro de Mórmon nos capítulos 3 e 4 de 1 Néfi e conta quando os filhos de Leí tiveram que retornar a Jerusalém para pegar as placas de latão com Labão que era um homem poderoso e tinha vários homens sob seu comando.

O que podemos aprender com essa história é que Néfi e seus irmãos fizeram três tentativas até conseguir adquirir as placas de latão, mas em cada uma dessas tentativas as atitudes deles são diferentes e somente na última tentativa Néfi tem a atitude mais acertada que o permite concluir seu trabalho com sucesso.

O que podemos observar na primeira tentativa é que eles não fizeram um plano de como pegariam as placas. Apenas "lançaram sortes", que caiu sobre Lamã. Este foi até Labão e apenas pediu as placas, mesmo sabendo que tipo de homem era Labão. Eles não criaram nenhuma estratégia, nem algum argumento para ser apresentado a Labão para que este aceitasse entregar as placas.

Na segunda tentativa, eles tinham um plano, que era entregar os seus bens (ouro, prata e todas as suas coisas preciosas) para Labão em troca das placas. Este cobiçou os bens da família de Leí, enviando seus servos para matar Néfi e seus irmãos com o objetivo de se apoderar de seus bens. Objetivo este que foi alcançado, pois Néfi e seus irmãos tiveram que abandonar seus bens para conseguirem fugir dos servos de Labão.

Após esta segunda tentativa, Lamã e Lemuel enfureceram-se com Néfi e seu pai, chegando a agredir seus irmãos mais novos (Néfi e Sam). Foi preciso a intervenção de um anjo para fazer Lamã e Lemuel pararem de agredir seus irmãos, mas esta aparição não foi suficiente para aumentar a fé desses dois irmãos de Néfi,. Mesmo o anjo afirmando que deveriam retornar a Jerusalém, pois o Senhor entregaria Labão em suas mãos.. Nem as palavras de Néfi relembrando que o Senhor é mais poderoso que toda a terra (1 Né. 4:1) fez com que eles ficassem mais confiantes nas promessas do Senhor. Apesar de suas murmurações, eles seguiram Néfi até as muralhas de Jerusalém.

Nessa terceira e última vez, Néfi foi sem ter feito um plano, mas estava sendo conduzido pelo Espírito (1Né. 4:6). Desta forma, Labão realmente foi entregue em suas mãos.

Néfi demonstra sua fé após a primeira e a segunda tentativa quando diz, "Sejamos, portanto, fiéis aos mandamentos do Senhor". (1 Né. 3:16; 4:1) Apesar das dificuldades que haviam terminado de passar, Néfi estava decidido a ser fiel aos mandamentos do Senhor.

Com essa historia aprendemos que Néfi só conseguiu as placas depois de fazer mais do que pedir. Ele planejou. Mesmo seu plano não dando certo, ele demonstrou sua fé no Senhor ao retornar a Jerusalém sem ter elaborado um novo plano, mas sabia que estava sendo conduzido pelo Espírito. Só depois disto, o Senhor fez a sua parte, o milagre.

Para termos sucesso em nossa vida devemos fazer o mesmo, conforme resumo abaixo:

1º) Pedir ao Senhor que nos abençoe com o que precisamos;
2º) Elaborar um plano para alcançarmos o que pedimos;
3º) Ter fé para mudar nosso plano ou até mesmo abandoná-lo ao sermos inspirados pelo Senhor;
4º) Ser conduzido pelo Espírito, ou seja, devemos seguir o plano elaborado pelo Senhor, não o nosso;
5º) Receber o milagre que o Senhor nos oferece, sem ficarmos temerosos ou duvidosos e
6º) por fim, devemos ser gratos assim como Néfi e sua família foi grata por terem conseguido as placas de latão e serem protegidos pelo Senhor durante todo esse processo. ( "E aconteceu que se regozijaram muito e ofereceram sacrifícios e holocaustos ao Senhor; e renderam graças ao Deus de Israel." 1 Néfi 5: 9)

26 setembro 2010

Aprendendo com os detalhes

Às vezes um detalhe nas escrituras pode evidenciar uma grandiosa doutrina do plano eterno de Deus. Encontramos um destes exemplos lendo o livro de Jó. No primeiro capítulo deste livro, nos versículos 2 e 3 encontramos as seguintes informações:

"E nasceram-lhe sete filhos e três filhas.

E o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; eram também muitíssimos os servos a seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do oriente."

A princípio estes números parecem ter sido registrados apenas para mostrar o quão prospero era Jó ou quão grande foram suas perdas, já que, devido a sucessivas tragédias,ele perdeu todos os seus bens e filhos. Porém, podemos aprender mais através destes números. Depois que a história das provações e fidelidade de Jó é narrada, vemos que o Senhor abençoou este profeta. Em Jó 42:12-13 lemos:

"E assim abençoou o SENHOR o último estado de Jó, mais do que o primeiro; pois teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas.

Também teve sete filhos e três filhas."

Se comparmos estes versículos com Jó 1:2-3 veremos que tudo o que Jó havia perdido, o Senhor concedeu novamente em dobro. Somente o número dos filhos de Jó não é citado em dobro no versículo 13 do capítulo 42. É neste ponto que os números se tornam mais do que apenas dados sobre a vida de Jó. Os dez filhos que Jó tinha inicialmente não foram perdidos para sempre ao contrário dos seus bens. Portanto o Senhor permitiu que Jó tivesse mais dez filhos sendo que os outros dez primeiros filhos ainda pertenciam a ele. Este detalhe na escritura nos lembra que no plano eterno, as famílias podem ser eternas. Ao contrário dos nossos bens que não levaremos desta vida mortal, os laços familiares podem ser prolongados para além da mortalidade e perdurarem para toda a eternidade.

11 julho 2010

Simbologia do Templo: Fonte Batismal

A fonte batismal passou a ser incluída nos templos modernos a partir da construção do Templo de Nauvoo quando o Senhor revelou ao Profeta Joseph Smith o seu propósito conforme registrado em D&C 124:29-33. A fonte batismal seria construída para a realização de batismos em lugar e a favor dos mortos assim como na época do Novo Testamento 1Coríntios 29:15). O apóstolo Paulo ensinou em sua carta aos Romanos que a ordenança do batismo possui um simbolismo de sepultamento da vida antiga em pecado e de renascimento para uma nova vida em Cristo (Romanos 6:3-5). A fonte batismal tanto nas capelas como nos templos, está abaixo do nível do solo tornando o simbolismo de sepultamento e renascimento do batismo ainda mais significativo (D&C 128:12-13).

Nos templos a fonte batismal está sobre doze bois da mesma forma como o mar de fundição no Templo de Salomão (1Reis 7:23-26, 2Crônicas 4:2-6). As fontes nos templos do Velho Testamento eram usadas para rituais de lavamento dos sacerdotes. Somente após a ressurreição de Cristo é que a ordenança do batismo vicário começou a ser realizada. Os doze Bois são usados para representar as doze tribos de Israel. Os bois estão divididos de 3 em 3 sendo que cada trio está virado para uma direção: norte, sul, leste e oeste simbolizando a coligação de Israel dos quatro cantos da Terra. Contudo, o boi foi o animal usado para representar a tribo de José (Deuteronômio 33:17). Portanto, porquê todas as doze tribos que possuem seus próprios símbolos, são representadas pelo boi que é o símbolo da tribo de José? As revelações modernas mostram que a tribo de José que possui a primogenitura terá um importante papel nestes últimos dias sendo responsável pela coligação de todas as tribos de Israel (2Néfi 3:3-24, TJS - Gên.50). O nome José em hebraico é Asaph e significa " ele é quem coliga".



Foto acima: Fonte batismal do Templo de Draper, Utah - EUA

Fonte do texto: Matthew B. Brown e Paul Thomas Smith, Symbols in Stone: Symbolism on the Early Temples of the Restoration, p.94-96.

04 julho 2010

Lições do Livro de Mórmon: Imagem de Deus em nossos semblantes

No capítulo 5 do Livro de Alma, o profeta faz o seguinte questionamento:

"E agora, eis que vos pergunto, meus irmãos da igreja: Haveis nascido espiritualmente de Deus? Haveis recebido sua imagem em vosso semblante? Haveis experimentado esta poderosa mudança em vosso coração?"

O vídeo a seguir é parte de um documentário chamado "Journey of Faith: The New World" contendo comentários de estudiosos de diferentes áreas. Os comentários no vídeo ajudam a termos uma compreensão maior sobre o contexto relacionado ao conceito de ter a imagem divina no semblante.